27 de abr. de 2009

1984



1984

Faz cuatro anos em Barcelona, Espanha, o prefeito votou uma lei chamada “lei de civismo” que junto com uma campanha mediatica, criminalizava todo tipo de atos no espaço publico com o objetivo de combater o “vandalismo” juvenil: fazer chi chi numa arvore, se-sentar na calçada, pedir esmola, tocar musica, etc. Todo diventou ilegal.
Um municipio da grande São Paulo começou em 2001 um programa de combate à violencia contra a mulher que recebeu os parabeins da comunidade internacional. Não só diminuiram esses crimes, mais tambem os furtos, estupros e assasinatos.
A base do programa é a video-vigilancia permanente do espaço publico. A PM consegue chegar no local do ilícito entre 2 e 5 minutos depois. À vigilancia permanente se suma mais policiais na rua, o toque de queda e a “lei seca”: tudo tein que fechar às 23 horas e tudo mundo ir para casa.
O problema não é tanto o que estão fazendo, mas o que pouco a pouco vamos deixando que aconteça. Se é legal filmar nossos movimentos, gravar nossas conversas no telefone (daqui a pouco tal vez gravar nossas conversas na rua?) e usar os nossos dados pessoais, o paso seguinte não será prossimo a o Big Brother orwelliano? O à tàtica Bush: em nome do Bem e pra evitar cualquer tipo de terrorismo o crime, a vigilancia, a captura, interrogação, a guerra contra tudos e ninguem. A policia do pensamento já existe.
As sociedades totalitarias –como o Brasil da ditadura- têm indices baixos de criminalidade. Mais queremos pagar o preço? Será que não têm outras formas de combater a criminalidade?

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