30 de set. de 2009

Serial Killer






Jetinho

Quem não conhece um “serial killer”. Todo mundo conhece um. Estão nos mais diversos lugares; em bancas de jornal, nos estacionamentos, podem ser flanelinhas ou engraxates, enfim, tenho certeza que conhecem alguém do tipo. Pois bem. O que conhecia era o Toninho, que tomava conta dos carros na rua do meu escritório. Juntava papelões para servirem de “abrigo” para os pára-brisas, lavava os carros e claro, espera pela gorjeta. O Toninho era um “serial killer”. Era chegar de manhã, encostar o carro e lá vinha ele “- Doutor, o senhor sabe quem morreu?”. Normalmente a resposta era não. “- O Zeca, aquele motorista de táxi. Foi assalto.” Alguns dias depois, andando calmamente, quem você encontrava? O Zeca e seu táxi. Surpreso você perguntava: “- Você não tinha sido assaltado?”. E a resposta: “- Ô doutor, vira esta boca pra lá!” É claro que íamos até o Toninho, que calmamente explicava: “- Ele não morreu de sorte!”. Em outra oportunidade ele dizia “- O senhor já soube? O doutor Francisco, o médico, morreu de infarto.”. É claro que conhecendo o Toninho íamos até o consultório do amigo e, quem nos atendia? O próprio! “- Pô, cara, tem gente querendo que a gente morra!”. A questão de uns dias atrás, folheando o “Lance!” na banca de jornais, o Paulão chegou e nos surpreendeu: “- Já sabem quem morreu? O Toninho da flanela. Foi atropelado por um dos carros da funerária.”. Ironias do destino!

28 de set. de 2009

lamento






Fernanda Pompeu


Se fosse possível voltar trinta e dois anos, creio que cursaria a Escola Politécnica. Seria engenheira civil. Construiria pontes conectando espaços físicos, palpáveis. Calcularia o valor exato do concreto armado e das vigas de ferro.
Não. Pensando melhor, teria aberto uma loja. Meu trabalho seria contas a pagar, contas a receber, controle de estoque, promoção de vendas. De quebra, estabeleceria uma relação – liquidação a liquidação, gesto no gesto – com a clientela.
No entanto, quis ganhar o brioche de cada dia escrevendo. Projeto extenuante: procurar palavras no recôncavo da língua, ligar uma frase a outra, tecer sentidos mesmo quando o novelo é pequeno.
Virei uma pena de aluguel.
São décadas esquadrinhando ideias para melhorá-las no papel. Fazendo entrevistas para editá-las com elegância. Lendo textos imensos para transformá-los em parágrafos enxutos. Fugindo do lugar-comum como o camelô do fiscal.
O maluco é que acabei gostando. Primeiro, por amor. Depois, por amor também. Passei a ouvir os clientes e mentalmente editar seus desejos. Compreender as necessidades e imediatamente arranjar os conectores que dão coerência e coesão à argumentação.
Enfim, uma redatora. Aquela que redige por encomenda, morrendo de inveja dos escritores – aqueles que escrevem o que lhes dá na telha.
Tenho recompensas: conheço pencas de pessoas interessantes, viajo para lugares instigantes. Mas não sobraram palavras para escrever o romance dos sonhos.

24 de set. de 2009

Honduras

23 de set. de 2009

Herrar






Fernanda Pompeu

Essa história foi vivida em 1979, na seção de revisão da Folha de S. Paulo. Era época em que os jornais ainda levavam a sério crases, hifens, concordâncias nominal e verbal.
A salinha dos revisores de anúncios, mal-ajambrada, ficava grudadinha no departamento de past-up - onde sob o forte cheiro de benzina, profissionais, com estiletes em punho, montavam as páginas do jornal.
Nós, os revisores, labutávamos em dupla. Um sentado na frente do outro. O primeiro lia em voz alta, enquanto o segundo acompanhava as letrinhas, as pontuações, os acentos. Tínhamos um código sonoro: uma batida na mesa significava vírgula; duas, ponto final.
Minha parceira era a Carminha Fernandes, hoje hábil editora. Foi quem batalhou para eu ser admitida na Folha. Foi também quem me apresentou ao Bar das Putas, o atual aburguesado Sujinho, na Consolação com Maceió. Lá, pelas 23h, jantávamos um virado à paulista.
O trabalho era intenso e responsável. Qualquer mancada em um anúncio, obrigava o jornal a publicá-lo gratuitamente na edição seguinte. Fazíamos tudo para acertar. Afinal, todo ser humano pode se equivocar, com exceção de cirurgiões, pilotos de avião e revisores.
Momento de concentração máxima era para o obituário. Uma vez, um cochilo tornou-se trágico. O revisor trocou a palavra pesar por prazer. A frase foi publicada: a família tem o prazer de comunicar o falecimento...
Carminha e eu conferíamos em voz alta: cruz, estrela. Repetíamos e repetíamos: cruz, estrela. Se o anúncio fúnebre de um Isaac saísse com a Cruz de Cristo no cabeçalho e o de um João da Silva com a Estrela de David, dava demissão na certa.
Por justa causa.

O relógio de ponto






Amanda Andrade

Atrás desta faceta de escritora na qual venho me escondendo nestes últimos dias, sou uma pessoa comum. Tenho emprego de gente grande, com horário, metas, obrigações e exigências, cheio de altos e baixos. E é ai que tudo começa. Há quase um ano o relógio de ponto da minha empresa quebrou e estava lá esquecido, empoeirado. Decidimos optar por leitura biométrica, softwares específicos mas nada deu certo. Tentamos um caderno para marcar os horários de entrada e saída, mas todos logo esqueceram dele. E então decidimos tentar ressucitar o relógio de ponto antigo. Aquele trambolho enorme é para mim muito maior em seu significado. Fruto do capitalismo, nos torna um número, nos vigia e controla impetuosamente. Tristemente aprendi com o tempo que todo esse controle muitas vezes se torna necessário.
Troquei alguns emails com o fabricante, anotei o endereço e coloquei-o no porta-malas do carro para levá-lo ao conserto. Nossa relação começava ai. Ele me faz companhia há 2 meses. O lugar no qual tenho que levá-lo não é longe, mas não consigo arrumar tempo suficiente para finalmente entregá-lo aos cuidados específicos. Não dá. Cada dia uma coisa diferente: rodízio, chuva(que ultimamente tem se tornado sinônimo de caos), cansaço, e puro esquecimento. Nos finais de semana quando abro a porta traseira lá está ele, triste e caído no canto. No começo eu xingava, queria joga-lo no lixo ou deixá-lo no meio da rua para quem quisesse e levá-lo para o mais longe possível de mim. Então ele acabou ficando, criando espaço, fazendo do porta-malas a sua casa. Eu já não me deparo com ele com tamanho espanto, é como se fosse parte do carro. Nos momentos de solidão no trânsito infernal ele, as vezes, faz algum ruído. Sorrio. Ele está ali, me fazendo companhia. Penso nele, no antagonismo de carregar o tal relógio gigante e não ter tempo para nada, nas minhas responsabilidades, na vida passando, nas coisas acontecendo e o mundo pulsando ao meu redor. Criamos um relação de companheirismo.
O próximo passo é dar-lhe um nome e confirmar meu apego ao objeto inanimado, transparecendo assim minha carência e solidão nas ruas de São Paulo.

22 de set. de 2009

O bolo





Jetinho

Mais um “flash back”. Ia ter festa na casa da Kika. Ela era uma gracinha. Linda, doce, suave; era namorada do Juca, um cara da nossa turma. A mãe da Kika, uma senhora distinta e educadíssima, ligou pra convidar o Juca e disse pra ele levar alguns amigos. Sem pensar duas vezes (ah coitado!) chamou o Beto, o Robertão e o Ique. Pausa para meditação. O Ique era um sujeito bacana. Abonado, era o único da turma que tinha carro (um Chevette) e moto (uma Kawa 350). Andava constantemente com uma jaqueta de couro marron surrada pelo tempo e com os cabelos em constante desalinho (tipo Hell’s Angels). Ah! Adorava a banda “On Jack Tall Back”. Toca o bonde. Pois bem; lá foram todos para a festa. A mãe da Kika não sabia o que fazer pra agradar os rapazes. Ora trazia salgadinhos, ora refrigerantes, enfim, era de uma delicadeza impressionante. Toda festa tem um bolo, certo? Pois é. Chegou a hora do dito cujo. E lá veio a mãe da Kika distribuindo bolo para a trinca. O Juca, é claro, estava com a garota. Ao estender o prato para o Ique ele colocou sua mão no ombro da anfitriã e com olhar sério sacou esta pérola “- Brigadão dona, eu não rango bolo”. Cê güenta?!?!?!

16 de set. de 2009

Aquela Música!







Jetinho

Alo “entões”, esta é pra nós.

Pra quem, como eu, passou boa parte da adolescência no bairro do Ipiranga vai logo se lembrar de situações semelhantes. Nos idos de... deixa pra lá, nossa diversão eram as “brincadeiras”, que, na maioria das vezes, aconteciam na casa de algum amigo ou amiga, ou na casa de algum amigo do amigo. Esta aconteceu na casa do Beto. Os pais dele formavam um casal descolado e boa praça e sempre que desciam pra Santos liberavam a “residência” para um evento desta natureza. E lá íamos nós, com nossos compactos e LPs (ui) de gente do calibre de “Gentle Giant”, “Beatles”, “Emerson, Lake and Palmer”, “Yes”, entre outros tantos. Quem gostava de pilotar a vitrola (ai) era o Serginho, que se dizia o maior especialista no assunto. Neste dia, no auge do som, surgiu uma loura escultural, de blusa “cacharrel” listrada, calça “saint tropez”, cheirando a “wild musk oil” (popular almíscar selvagem) e com sua boca carmim de batom da “Avon”, falou sensualmente pro Serginho: - Toca aquela música do poinonhonhoing! O cara quase teve um treco. Aquela gata fazendo um pedido e ele não tinha a menor idéia do que se tratava. Que banda seria aquela? E agora? Não posso desapontar esta deusa. Quase a beira de um ataque de nervos (alguém já disse isso antes) procurou pelo Beto, que pra todos nós era um “expert” no assunto. Achou o moço, lá pela quinta “cuba libre”, num canto da sala. Foi até ele explicou a situação. O Beto, com um risinho no canto da boca, falou alguma coisa no ouvido dele e pimba, deu certo! A moça só queria ouvir “If” do “Bread”.

14 de set. de 2009

íntimos








Fernanda Pompeu


Terça-feira, 8 de setembro de 2009. Gastei quatro horas e vinte minutos do aeroporto de Cumbica à Vila Madalena. Fui testemunha ocular do que ocorre quando chove forte e demoradamente em Sampa.
Crônica sem sal. Todo mundo conhece essa história. Mas eu nunca havia sentido, no carro e na pele, o que é passar uma tarde inteira trancada na marginal do Tietê.
Assim do ladinho do rio, cujo nível estava altíssimo, escancarando um mar de garrafas PET (politereftalato de etileno). Coca-cola e guaraná pau a pau na quantidade e feiura.
Sem ter como escapar - de um lado o rio, do outro um paredão de caminhões – dei tratos à memória da cidade. Recordei fotos de um Tietê oxigenado com pescadores, canoeiros, campeões de natação.
Quis adivinhar o que mais diria Heráclito (cerca 490a.C), autor da delícia “ninguém se banha duas vezes nas mesmas água de um rio”, se fosse paulistano e estivesse preso nesse engarrafamento.
Longe de ser Poliana – personagem de Eleaonor Porter, capaz de enxergar positividades em circunstâncias negativas – experimentei um momento de poesia urbana. Como não havia chance de velocidade, pude observar o Tietê e sonhá-lo.
Por esses dias, tento adivinhar o que essa experiência, inquietante e tediosa ao mesmo tempo, quer me sussurrar.

10 de set. de 2009

jênio

9 de set. de 2009

O sonho do Luizinho







Jetinho

O sonho do Luizinho era ter um boteco. Durante anos a fio (doze pra ser mais exato) tentou, mas acontecia sempre alguma e ele acabava não conseguindo. Uma hora faltava vasilhames(?) outra fregueses dispostos a freqüentar o lugar, enfim, não rolava. Um dia, no bar que ele freqüentava com seu amigo Passa Quatro (cara cheio de mumunhas), o Perda de Tempo, choramingava seu desejo quando o Passa Quatro na hora sacou esta. “- Eu sei de uma cara que pode te ajudar; o Zé Bigode. Ele já foi dono de um boteco, não foi lá grande coisa mas conseguiu”. Foram procurar o Zé Bigode e ele vaticinou: “- Pro boteco ter sucesso você não pode restringir a clientela e precisa criar uma marca, alguma coisa que leve a freguesia até lá”. O Zé Bigode, associado ao Passa Quatro, trataram de procura o ponto (tinha que ser num lugar pra bacana) e saíram distribuindo propaganda em tudo quanto foi lugar. Acabaram conseguindo um ótimo lugar. Tinha até nome estrangeiro: Sunshine Palace. No dia de abrirem o Zé Bigode perguntou: “- Qual vai ser nossa marca?” Foi quando o Passa Quatro revelou seu segredo: “- Criamos um “drink” e demos o nome de MARACUTAIA. Temos certeza de todos vão gostar muito da MARACUTAIA”. E não é que funcionou! Nunca tanta gente foi atrás da MARACUTAIA. Não tinha dia nem hora. Chegavam no boteco e já iam dizendo: “Hoje tem MARACUTAIA?” Ou “Vê logo MARACUTAIA pra todo mundo!”. Pra dizer a verdade o boteco funciona até hoje e continua faturando alto com a MARACUTAIA. O Zé Bigode ficou um pouco enciumado e tem tentado abrir seu próprio boteco, mas, isto é uma outra história.

7 de set. de 2009

entre margens








Fernanda Pompeu

Minha amiga Sara, 84 anos, foge do computador como o gato do cachorro. Ela tem uma biografia cheia. Foi presa política, teve companheiros assassinados pela ditadura, viveu dez anos no exílio e segue atuando pelo que acredita.Tem todo esse currículo e morre de medo do e-mail, do messenger, do pdf.
Diogo, meu sobrinho de 16 anos, se comparado com Sara, nasceu anteontem. Ele não vê televisão e dorme com o computador ligado. Digita bulas inteiras no celular com destreza de ilusionista. Conhece tudo do orkut, facebook, youtube.
Entre a octogenária e o adolescente, está a minha geração cinquentona - a dos infointermediários. Antes de escrever num teclado de computador, catei milho sucessivamente em uma remington, olympia, olivetti. Para quem não sabe, marcas de máquinas de escrever.
Volta e meia, narro relíquias para redatores da casa dos vinte. Conto como era datilografar: quando queríamos mudar a posição de palavras em uma mesma linha, tínhamos que desprezar o já escrito, pôr um novo papel e recomeçar.
Quando digo que o corretor ortográfico – o branquinho da redação - era um líquido espesso que passávamos sobre a letra ou palavra e precisávamos soprar para que ele secasse, vejo os olhos do interlocutor arregalar.
É fato que escrevo blogs, tenho intimidade com a internet e meu santo padroeiro, para quem pago o provedor, é o São Google.
Minha vida com a informática, se não é sobrenatural como é para a Sara, não é natural como é para o Diogo. Fico assim na coluna do meio. Nem intimidada, nem deslumbrada.
Apenas penso que a época em que nascemos é o nosso determinante. Dela, ninguém escapa.

Ana Cristina






Amanda Andrade

"Eu vivo sem saber até quando ainda estou vivo,
sem saber o calibre do perigo
Eu não sei da onde vem o tiro"

Hebert Vianna_O Calibre


Ana Cristina é o retrato de muitas jovens brasileiras: nascida no nordeste, veio com os pais ainda pequena para São Paulo em busca de uma vida melhor. Cresceu em Heliópolis e ali também conheceu seu namorado que em poucos meses tornou-se também pai de sua filha. A gravidez ocorreu apesar de sua pouca idade, mas a vida continuava e ela fazia planos para uma vida melhor. Queria estudar e ser juíza.
Era noite de segunda-feira na maior favela de São Paulo. Ana andava pela Estrada das Lágrimas voltado do colégio. Não muito longe dali um carro era roubado e policiais começaram uma perseguição aos bandidos que entraram na favela. Foi nesse momento que os destinos de Ana e do policial municipal de São Caetano do Sul se encontraram. Em poucos instantes, sangue. Correria. Tumulto. O policial tremia, a garota agonizava no chão, ferida no pescoço, coberta de medo e desespero. A vida escorria na sarjeta da rua, e Ana foi colocada em uma viatura policial já morta, abraçada ao caderno que levava.
Revolta, rancor, ódio. Selvageria. Em um Brasil onde as balas são perdidas e armas não tem donos, as pessoas continuam morrendo e virando notas nos jornais, mas a dor e o sofrimento continuam lá, aterrorizando e invadindo os muros, as casas, destruindo famílias e futuros de pessoas de bem.
Não foi a bala do policial já expulso anteriormente da PM que matou Ana Cristina: foi a nossa negligência e o nosso silêncio, foi a sociedade virando as costas mais uma vez para um problema que cresce a cada dia e que nós, pequenos burgueses, mudamos o canal para não assistir a tragédia que hoje é alheia, mas um dia poderá nos tocar.

As últimas do Circo







Dr. Tupi

Parabéns ao Barichello pela belíssima vitória em Valência. Um momento genial de Rubinho, pena que demorou metade do campeonato para acontecer. Consistência, eis o segredo de qualquer competição esportiva, e no atual campeonato o único piloto consistente é o JensonButton. Os outros pilotos sobem e descem, ganham uma corrida aqui depois terminam em oitavo lugar ou algo assim. Por isso tudo indica que Button será o campeão de 2009. E a pergunta que fica é: Qual será a desculpa de Barichello dessa vez?
Outro parabéns e dessa vez vai para Fisichella ou Fisi, que terminou em segundo lugar em Spabrilhante e valente. Insistiu que não venceu por que a Ferrari tinha o tal do Kers, aquele botãozinho vermelho que aumenta a velocidade de motor. Fisi foi tão bem em Spa que a sua carreira, que era dada como morta ou desaparecida, recebeu um botão Kers e agora ele vai substituir o Massa na Ferrari. Uma segunda chance digamos assim, um sonho com certeza por que o próximo GP é na Itália, em Monza, e nada mais emocionante para um italiano do que pilotar uma Ferrari em Monza, se vencer a corrida será Carnaval e três dias de comemoração. Faz muito tempo que um italiano não vence em Monza, ainda mais dirigindo uma Ferrari.
Para as ultimas cinco corridas fica a torcida para...... bem ....... seria muito bom se Barichellocampeão, a realidade é um pouco cruel, na verdade não tem muito para torcer. Torcer para o Massa se recuperar logo, que Piquet Jr consiga um carro para 2010, o mesmo vale para Bruno Senna.