16 de mar. de 2009

Se é bom para os EUA é bom para o Brasil


Hector Plasma

Quando o general Juracy Magalhães, recém-empossado embaixador do Brasil nos EUA, disse em junho de 1964 “o que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil” ficava clara a submissão brasileira aos desejos dos EUA.

Mas a mesma frase dita hoje teremos outro significado. Basta ver com que rapidez e precisão a Justiça dos EUA aplica condenações dentro do Estado Democrático de Direito.

Não estou falando da prisão do ex-grande guru do mercado financeiro Bernard Madoff, que aos 70 anos saiu algemado após declarar-se culpado dos golpes aplicados e ter sido encaminhado para uma cela de 6 metros, mesmo não tendo sua condenação “transitada e julgada”.

Falo de uma leva de brasileiros que conheceu a Justiça.

O casal Sonia e Estavam Fernandes em menos de 8 meses foi condenado a 5 meses de prisão domiciliar e 140 dias de cana e mais dois anos de liberdade condicional. Além de terem de usar uma pulseira no tornozelo que monitoram seus passos.

Mas a Justiça foi ‘humana’ e permitiu que cada um revezasse o tempo na cadeia por causa dos filhos. Foi humana, mas não deixou de fazer justiça. E olhe que toda essa pena foi só por causa de US$ 56 mil sonegados às autoridades.

Quando alguém no Brasil iria cumprir pena por portar algo em torno de R$ 130 mil não declarados?

Outro que está nas barras da Justiça dos EUA é o piloto Hélio Castroneves. Ele é acusado de sonegação fiscal e evasão de divisas. A promotoria pede uma multa de US$ 2,5 milhões e até 35 anos de prisão. Sem choro nem vela.

O indefectível Daniel Dantas também conheceu a secura da Justiça dos EUA. Em 2005 o juiz Lewis Kaplan, de Nova York, em ação do Citibank contra o Opportunity, disse claramente "Isso cheira roubo. O que vejo é que seu cliente [Daniel Dantas] quer uma compensação para sair quieto do negócio. Não há defesa aqui". Além disso, já teve bens bloqueados nos EUA.

Depois desses exemplos fica claro que a Justiça brasileira é um grande colchão para os sonegadores e outros tipos de criminosos do colarinho branco ao oferecer um labirinto processual para se safarem da condenação.

Para piorar, no caso da Satiagraha, temos uma situação inédita, os investigadores agora são investigados. E o bandido Daniel Dantas, já condenado a 10 anos de prisão, conta com a ajuda dissimulada do ministro do STF, Gilmar Mendes, e com a cumplicidade da revista Veja e outros órgãos da grande imprensa nacional.

Enfim, só nos resta confiar nas Justiça dos EUA, quem diria?

2 comentários:

Anônimo disse...

Sem falar no Maluf que tá encrencado com a justiça francesa!

Anônimo disse...

Tenho que descordar de voces caros amigos!! Acho que o Brasil esta preso pelas suas proprias barras e pelos vicios ruims de nosso povo, o geitinho de dar um geitinho, a malandragem, a corrup~cao.. e a mania de colocar a culpa no outro de alguma coisa que te incomoda!!!
Fabio Ferreira