26 de mar. de 2009

Uma no cravo, outra na ferradura e várias na inteligência



Uma no cravo, outra na ferradura e várias na inteligência




Hector Plasma


No cravo

Walter Feldman, secretário municipal de esportes colocou em pauta a concessão do Pacaembu ao Corinthians. Ele alega que o estádio dá um prejuízo anual de R$ 1,4 milhão. A "prefeitura chegou ao seu limite. Não tenho mais como justificar, como governante, que investimentos públicos, volumosos, sejam feitos para um palco do futebol profissional, que é uma atividade empresarial. Não posso usar mais dinheiro público para fazer do Pacaembu o estádio que ele precisa ser".

Na ferradura

Kassab confirmou que está em estudo a desapropriação do Jockey Clube de São Paulo e a possível transformação do espaço em um parque. O Jockey Clube deve aos cofres municipais algo em torno de R$ 150 milhões em impostos e o terreno é avaliado em R$ 300 milhões. A jogada seria assim: a prefeitura perdoa a dívida e paga ao clube o restante, algo em torno de R$ 150 milhões. As atividades do Jockey seguirão normalmente.

Na inteligência

Ficaremos com essa bizarra solução política e administrativa: a prefeitura abre mão de R$ 300 milhões, equivalente a mais de 210 anos de prejuízo do Pacaembu, arca com a manutenção de um novo parque - quanto custará por ano? - e se livra administração do Pacaembu.

Do outro lado, um espaço público com piscina e quadras aberto a todos os cidadãos será privatizado e o Jockey Clube, num passe de mágica, manterá suas atividades, embolsará R$ 150 milhões e se livrará de cuidar do restante da área.

Sorria meu bem, sorria.

Um comentário:

Anônimo disse...

Equanto isso aqui em sc, o sr. gov. luiz "opm"* henrique está furioso com o movimento contra a construção de um empreendimento que segundo ele vai gerar 10 mil empregos (???), numa pequena cidade litorânea de 12 mil hab., que conta com um resquício de uma bela mata atlântica com praias e costões maravilhosos. Mas onde não há 1 km de saneamento básico, coleta regular de lixo, enfim, essas coisas que para a classe política são completamente supérfluas. É muito mais que impacto ambiental, é principalmente social. Numa vila de pescadores capital da farra do boi, de onde virão os operários e funcionários ?, trarão suas famílias para morar e estudar aonde ?, como será a recepção e a relação com os locais ? Mas o sr. gov. pensa principalemte nos dividendos políticos (toma lá da cá) e $$$ que a obra trará para ele e os seus, porque para a cidade...é uma ilusão achar que tudo isso poderá se reverter bons frutos. Já vi esse mesmo filme em praticamente todo o litoral norte de sp, a destruição do ambiente como um todo, o confronto entre os de fora e locais, a favelização dos morros q não estão à beira mar,... porque nesses empreendimentos, desde a construção até o funcionamento, o salário é inversamente proporcional ao número de empregados, são míseros ganhando muito e a grande maioria o mínimo. Sabemos que a acupação é inevitável, mas ela não pode ser apenas em benefício dos mesmos poucos...
obrigado
cravo
ps: *opm = olhar de peixe morto (q olhar é esse, cara de psico q esse homem tem)