27 de mar. de 2009

No romance



O gringo ignorante

No romance “distopico” (oposto a utopico) 1984 –de onde foi pego o nome do celebre e patetico Big Brother- George Orwell exprimia o medo frente à possibilidade de uma sociedade controlada e vigiada ao maximo. Uma sociedade onde o universal –o Estado- tivesse a preeminença frente ao singular, asfixiado e sem liberdade.
O alvo tácito do romance era naquela época o comunismo, porem é nas nossas sociedades livres onde isso tomou posse. Aliás, não se trata só de um Estado esmagando o individuo senão de um mundo globalizado sobre ele, sobre todos e cada um (omnes et singulatim).
Essa rede se constituiu num “modelo securitário” após os ataques terroristas de Nova York, Madri e Londres. Justificando a partir da segurança todo tipo de praticas e discursos, somos constantemente vigiados e controlados a traves do cartão de credito, internet, fichas medicas, câmeras, controles nas fronteras, etc, ao ponto de ser necessária uma legislação dos dados pessoais, que já existe em muitos paises. Faz pouco tempo uma empresa grande européia pressionou seu parlamento pra aprovar uma lei que permite espionar o correio eletrônico dos seus empregados, com o fim de evitar “espionagem industrial”.
A proliferação de liberdades que o liberalismo procurou 3 séculos atrás para fugir do poder absolutista e tirânico, acabou nisto: uma guerra de liberdades. E como sempre, o mais poderoso é quem vence o confronto e acaba impondo sua “liberdade”. Então: liberdade para quem? Liberdade para que?

Um comentário:

Anônimo disse...

liberdade de fato, para pouquíssimos...
e ilusão para muitos que acreditam estar livres....
para consumir....