12 de mar. de 2009

três moçoilas




Fernanda Pompeu

Uma pedra é uma pedra. Uma rosa é uma rosa. Já a definição do que seja antigo é volátil. O mofo tem lá suas subjetividades. O que parece mais velho: um bonde ou uma rural willys?
É claro que o google dirá que é o bonde. O primeiro bonde elétrico data de 1879; a rural é de 1946. Mas não se trata de datas. Trata -se de sensações.
Por exemplo, existe coisa mais antiga do que um monitor de fósforo verde? Mais antiquada do que um disquete verbatim 5.25? Ou do que uma carrocinha de sorvetes kibon?
Toda essa informação de almanaque é para contar um continho do arco da velha – recordado pela minha mãe na semana passada. É a história de três meninas. E de uma barata.
As três foram a uma festa de salão. A primeira menina levava um anel de madrepérola e, de repente, apontou com o dedo: olha uma barata ali!
A segunda menina estreava um calçado de laço. Bateu com ele no chão: deixe que eu a esmago com o meu sapato.
Por fim, a última menina não se fez de rogada. Ela trazia lindos brincos mexicanos. Abanando a cabeça, protestou: não mata não. Não mata não!

3 comentários:

Anônimo disse...

Fernanda,

Que continho legal!
Cada um é cada um, a vaidade está presente em todos, a maneira de chamar a atenção é que varia.

Cláudia.

Anônimo disse...

hola...me gusta leer tu coluna bau sim fondo...
a veces escribo comentarios pero creo que no se van...
la verdad es que no soy muy cibernetica ya lo sabias...
escasamente una vez a la semana...
disfruto tus lectura
abrazote
Dora Ramirez

Anônimo disse...

Muito legal, Fernanda.
Continuo gostando, e muito.
Beijos,
Mirna Fernandes