Hector Plasma
Vivemos um fenômeno onde a atual geração de jovens de classe média das grandes cidades brasileiras nunca experimentou a convivência.
Os espaços reservados a ela buscam segurança e a certeza de que imprevistos não irão acontecer. Os espaços oferecidos buscam a conveniência, não a convivência.
Para os pais, os lugares convenientes devem garantir aos filhos a separação do que é apropriado daquilo que não é. A convivência é evitada para que os contrastes não apareçam e, sobretudo, para que o desejo do outro não caía sobre os seus objetos.
Contraditoriamente esses filhos não estão proibidos de verem, saberem e terem senso crítico de uma outra realidade existente. Muito pelo contrário, as escolas de classe média quanto mais abordam a 'realidade nacional' mais modernas são.
Mas não é conveniente que os outros vejam e participem da sua. Isso criaria um constrangimento.
Para toda essa geração resta apenas existir, assim como existirá um hamster na gaiola e um peixe no aquário.
Infelizmente eles - o jovem, o hamster e o peixe - nunca saberão o que coexistir; premissa básica da vivência.
16 de fev. de 2009
Quando etimologia é sociologia II
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Um comentário:
e viva a "pós-modernidade" e a segragação...
produzindo novas peças para um futuro que
intensificará a crueldade do atual
tampando os olhos dos filhos para que eles não vejam,
o que pais acham incorreto e imoral
segurança por uma vida banal... sem a verdadeira
sensação do que é real
senso crítico massificamente deturpado
pela manutenção de uma circunstância irracional.
"Para toda essa geração resta apenas existir, assim como existirá um hamster na gaiola e um peixe no aquário."
e assim anda nossa humanidade,
multiplicando seres-engrenagens
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