5 de fev. de 2009

Esquizofrenia patronal



Hector Plasma

Não sei se andam colocando LSD no meu Todynho, mas tenho certeza que andei vendo em vários canais de TV um anúncio da Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo) convocando seus 600 mil associados para pagarem a “Contribuição Sindical Obrigatória” (sic).

Tenho razão em ter alucinações quando vejo uma entidade patronal sindical pedir que alguém pague um imposto. Porque outra entidade correlata, a Federação do Comércio de São Paulo instalou um tal de impostômetro na frente de sua sede para denunciar a enorme carga tributária brasileira.

A “Contribuição Sindical Obrigatória” (sic) também está incluída?

Além do mais todos os empresários vivem clamando pelo fim do “Custo Brasil” e dizem que as leis trabalhistas atuais estão defasadas, foram criadas à sombra do fascismo e por um ditador, o Getúlio Vargas.

Mas esquecem de nos dizer que as entidades patronais também são filhas da mesma lavra. O Sistema S vive de um imposto (2% da folha salarial) e foram criadas por decreto-lei junto com os sindicatos dos trabalhadores. É, a sociedade de classe no Brasil foi feita por uma canetada do seu Gegê.

Quero coerência! Se querem diminuir a carga fiscal no Brasil comecem pela exclusão do imposto que lhes beneficiam, ou imposto bom é o meu?

Tava certo o Belchior ao cantar “minha alucinação é suportar o dia a dia”.


Violões em Funeral

Com certeza você, escasso e caro leitor, sabe quem saiu do BBB. E com certeza nunca ouviu falar de Fábio Zanon.
Pois é, esse violonista conhecido internacionalmente apresentava um programa fantástico na Cultura FM.
Mais do que fantástico, imprescindível para um país dito musical, o programa “Violão com Fábio Zanon” era uma porta de entrada para o universo do violão e apresentava as dezenas de violonistas brasileiros que percorrem o mundo.

Agora por ‘corte de custos’ o programa foi excluído da grade. Se tiver interesse, vários programas estão disponíveis na net. Vá lá

2 comentários:

xupacabra disse...

Além de meu xará, Fabio Zanon é conterrâneo, lá de Jundiaí. O jejum intelectual que o Brasil se meteu ficou claro aos meus "inguinorantes zovidos" quando o citado violonista foi fazer um show aqui em Jundiaí, muitos anos atrás, desembarcando de uma estupenda carreira na Europa. Estavam presentes no show a família dele e meia dúzia de gatos pingados, na época eu não era gato (e nunca cheguei a sê-lo), mas era meio pingado. Eu profetizo que em dois anos a Rádio Cultura estará tocando Calypso, Calcinha Preta e essas bonitezas jabaculescas.
Aliás nem mesmo a uva, símbolo da minha cidade, está segurando a peteca. Dia desses fui até uma adega típica e o vinho jundiaiense era made in São Bento de Algum Lugar. Se nem o vinho sobreviveu, o que dizer do Genial Zanon? Será que se mudarmos o nome do Brasil para Dinamarca do Sul melhora alguma coisa? Pois algo de podre no ar já temos e os Hamlets, sempre vacilantes, estão no poder...

Abraços e parabéns pelo Brógue, como se diz aqui no interior

Anônimo disse...

Prezado Fábio xará do Zanon, se a rádio Cultura não mais nos oferecerá os biscoitos finos que o Zanon fabricava, então quem irá?

Se quiser matar saudade do seu conterrâneo lá vai: http://aadv.radio.googlepages.com/bio.html

http://vcfz.blogspot.com/