3 de jun. de 2009

Sobre os nosso valores






O Gringo Ignorante

A grande liberação, para aqueles atados dessa forma, vem súbita como um tremor de terra: a jovem alma é sacudida, arrebatada, arrancada de um golpe –ela própria não entende o que passa. Um ímpeto ou impulso a governa e domina; uma vontade, um anseio se agita, de ir adiante, aonde for, a todo custo; uma veemente e perigosa curiosidade por um mundo indescoberto flameja e lhe inflama os sentidos. “Melhor morrer do que viver aqui” – é o que diz a voz e sedução imperiosa: e esse “aqui”, esse “em casa” é tudo o que ela amara até então! Um súbito horror e suspeita daquilo que amava, um clarão de desprezo pelo que chamava “dever”, um rebelde, arbitrário, vulcânico anseio de viagem, de exílio, asfastamento, esfriamento, enregelamento, sobriedade, um ódio ao amor, talvez um gesto e olhar profanador para trás, para onde até então amava e adorava, talvez um rubor de vergonha pelo que acabava de fazer, e ao mesmo tempo uma alegria por fazê-lo, um ébrio, íntimo, alegre tremor, no qual se revela uma vitória................

Aquele que tenha a força pra verdaderamente cuestionar a sua tradição (porque? Por que a nossa forma de ver, agir e viver não é a única nem, certamente, a melhor) precisa sair de “casa”, abandonar seus fundamentos e sair em busca da solidão nas montanhas, onde o ar é puro. Gostamos fazê-lo por escrito e teoricamente, mais são poucos os que têm a coragem de fazer da sua própria vida um novo valor, um primer movimento, uma ruota que rotola soppra se stessa!

No momento que o menino pega sua bike por primera vez pra afastar-se de casa começa a crítica. Não era lindo sentir a profundidade do misterio do mundo?

Nenhum comentário: