29 de mar. de 2011

Dilma mulher



Dilma e suas ministras
Por Amanda Andrade

Devo dizer que não votei na Dilma nas últimas eleições por diversos motivos políticos que não vem ao caso, mas neste post eu falarei sobre ela, que vem surpreendendo minha opinião quase diariamente.
Quando a contagem dos votos do segundo turno da eleição terminou, desliguei a televisão e fui dormir pensando no futuro do Brasil. Ver a primeira mulher tomar a presidência seria algo histórico, que irei contar aos meus filhos, netos se assim a vida me permitir. 
Sigo a evolução da história feminina com certo orgulho, não chego a ser uma feminista, mas sempre vi com olhos de esperança grandes feitos pelas mulheres. 
E de repente a Dilma estampava a capa das revistas, dos jornais. 
Decidi torcer por ela e por todos nós que estamos sob seu comando. Confesso que tinha a imagem de uma mulher fria e autoritária, porém com todas as entrevistas que assisti percebi que ela é realmente uma mulher autoritária, severa, rígida, mas que como todas nós, possui seu momento de doçura e simpatia. Ela sabe os desafios de cada uma, pois nos dias de hoje devemos ser mulher, mãe, esposa, profissional, filha, amiga, companheira e agora também líder.
Acho um barato ela gostar de ser chamada de presidenta e saber fazer omeletes. Dizer que o Palácio do Planalto não é um lugar bom de se viver, que ela prefere um lugar mais aconchegante. Que agora é avó, já se separou do marido e lidou com a repressão de uma ditadura militar. Que sabe o que é estar presa, e que teve coragem de continuar.
Que mudou as reuniões ministeriais para sexta-feira a tarde para acabar com os longos "feriados" instituídos há anos pelos políticos que trabalham em Brasília. Que trabalha das 9h as 21h, sem muitas vezes ter tempo para almoçar. Que é uma mulher de rotina completamente diferente de todas nós, mas se aproxima de cada brasileira por seus detalhes e pela posição que assumiu.
Hoje a Dilma é, para mim, um exemplo de que sim, nós podemos ir muito, muito além. 

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