27 de out. de 2008

A BIENAL ESTA AÍ. E DAÍ?


por GABRIELA LAURENTIIS na Caros Amigos de Outubro

Não sabemos exatamente como será a 28ª edição da Bienal de São Paulo, uma das mais badaladas do mundo, com mais de meio século de existência. Mas sabemos que, tendo à frente um presidente sem legitimidade, ela custará 10 milhões de reais, em vez de artes plásticas apresentará “discussões”, peças de teatro, artistas performáticos, música, cinema, e terá o segundo andar inteirinho vazio.

Entre 26 de outubro e 6 de dezembro de 2008, quando entrarmos na 28ª Bienal de São Paulo, ao contrário das outras 27 edições, não encontraremos os famosos pavilhões do Ibirapuera cheios de obras de arte.
Decepcionante, essa é a melhor palavra para descrever a próxima Bienal. De dois em dois anos São Paulo é palco de um dos maiores eventos de arte do mundo, com obras de artistas brasileiros e internacionais.
Para aqueles acostumados a entrar no primeiro andar da Bienal e logo de cara ver diversas obras expostas, este ano será frustrante: no lugar de arte, haverá uma livraria, pontos de encontro, banheiros e lanchonetes. Os caixilhos e vidros que fecham o térreo e o primeiro andar serão removidos, dando lugar a uma praça, também sem obra de arte alguma. É verdade que ali ocorrerão discussões, apresentações teatrais, musicais, perfórmances, sessões de cinema. Mas a Bienal de São Paulo não é uma mostra que pretende expor artes plásticas?

Claro, podemos dizer que o conceito do que sejam artes plásticas mudou e não se restringe mais a pintura e escultura. Contudo, o que a 28ª Bienal sugere é que elas deixaram de existir, e agora tudo se resume a vídeo-arte e instalações.

2 comentários:

Anônimo disse...

Ah, mas o segundo andar agora não está mais vazio, um grupo de pichadores foram lá e deixaram suas obras.
O que combina bastante com a Bienal e com muito do que se chama hoje de arte contemporânea.
O que a Bienal, a arte contemporânea e o protesto dos pichadores tem em comum?
um grande vazio.

Anônimo disse...

Se naõ tem arte tem pichação, ou seja se não tem educação tem barbárie.

Tem mais é que pichar essa 'problemática burquesa" da bienal!