Olmeca de Tlachtli
Oh my God. What the hell is going on?
Foi um sufoco daqueles que nem o Mel Gibson em “o Patriota” poderia acreditar. Os EUA fizeram 2x0 – isso mesmo!! – em menos de meia hora de jogo, contra uma seleção brasileira apática, e dominada pela aplicadíssima disciplina tática norte-americana.
O jogo começou lento, com o Brasil tomando a iniciativa, obviamente, e os EUA apenas esperando a chance de um bom contra-ataque, já que jogava com dois centro-avantes de ofício. Eis que veio o primeiro choque: bola despretenciosa cruzada para a cozinha brazuca e Dempsey apenas escorou a bola. Foi o suficiente para tirar de Julio Monstro Cesar e abrir o marcador.
Unfuckingbelivable!
O Brasil não se abalou e partiu pra cima com tudo. Mas o goleirão Howard trazia muita segurança a zaga americana e, após um pressão brasileira, Maicon Jackson tocou mal uma bola para o meio e veio o contra-ataque a la Pearl Harbor, sem dó: bela tabela de Davies com Donovan, no dois contra dois e finalização perfeita de Donovan: 2x0 e o Brasil provou do seu próprio veneno.
Unfuckingbelivable plus 2.0!
Termina o primeiro tempo: 2x0 para os EUA. Agora o Mel Gibson estava acreditando. Até eu estava acreditando que eles podiam ganhar. Os EUA foram extremamente eficientes nas duas oportunidades que tiveram e o Brasil não foi Brasil.
Vem o segundo tempo e logo no primeiro lance do jogo Ramires cruza a bola para o Fabuloso, que dentro da área gira e chuta de canhota: 2x1 e estava furada a muralha Howard.
Houston, we have a problem...
Os americanos se assustaram muito com esse gol. E o estádio inteiro – que torcia pelo Brasil – e queria ver o futebol mágico, finalmente começou a se animar.
Para o azar dos americanos, o Brasil veio babando, como a muito tempo não se via, com pouca técnica e muuuuita raça.
Antes, o “professor” Dunga mexeu no time com a genialidade de sempre: sai André Santos, entra Daniel Alves, sai Ramires, entra Elano.
E veio o segundo gol: Kakagado pegou a bola na esquerda, partiu pra cima do zagueiro levando a bola pra linha de fundo e cruzando na medida para Robizonho, que chutou no travessão. No rebote o Fabuloso estava lá para meter o cocoruto nela e empatar: 2x2.
Houston, we really have a problem...
A partir daí não tinha mais tática, era na raça pura. Os EUA ainda ameaçaram em mais um bom contra-ataque desperdiçado pela dupla country Dempsey&Donavan, que se tivesse um pouca mais de categoria no passe teria ocasionado o terceiro dos EUA.
Aí, aos 39’ brilhou a estrela de uma valente zagueiro. Elano cobrou escanteio da direita e ELE, Lucio, meteu a jaca nela – e bota jaca nisso! – para fuzilar o gol de Howard. 3x2, sem chance de defesa.
O estádio veio abaixo. Dunga veio abaixo. Bob Bradley – técnico dos EUA – got low.
The roof is on the fire...
Os EUA não acreditavam nessa virada. O Brasil precisava mostrar essa raça.
O belo futebol apresentado pelos EUA valorizou – e muito – nossa conquista.
Que a seleção brasileira tenha aprendido sua maior lição antes da Copa do Mundo, em 2010: o primeiro tempo contra os EUA. E a segunda maior lição: o segundo tempo contra os EUA.
É com esse espírito que temos que jogar a Copa: não tem adversário “fácil”, e apesar de sermos os “maiores”, as surpresas irão aparecer. Tem que ter o coração na ponta da chuteira e honrar essa camisa amarela como fizeram ontem, no segundo tempo.
Quanto aos EUA, fizeram bonito: de praticamente eliminados na primeira fase a finalista duríssimo contra o poderoso esquadrão brasileiro. Yes, USA. You (almost) can.
29 de jun. de 2009
Yes, we (almost) can.
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futebol seleção
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4 comentários:
Ronaldo
no, you can't!!
haha
ótima coluna
hahaha
chupa USA! mas foi um jogão. fazia tempo que eu não vibrava desse jeito.
que virada!
Ronaldo.
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