29 de jun. de 2009

Yes, we (almost) can.




Olmeca de Tlachtli


Oh my God. What the hell is going on?

Foi um sufoco daqueles que nem o Mel Gibson em “o Patriota” poderia acreditar. Os EUA fizeram 2x0 – isso mesmo!! – em menos de meia hora de jogo, contra uma seleção brasileira apática, e dominada pela aplicadíssima disciplina tática norte-americana.

O jogo começou lento, com o Brasil tomando a iniciativa, obviamente, e os EUA apenas esperando a chance de um bom contra-ataque, já que jogava com dois centro-avantes de ofício. Eis que veio o primeiro choque: bola despretenciosa cruzada para a cozinha brazuca e Dempsey apenas escorou a bola. Foi o suficiente para tirar de Julio Monstro Cesar e abrir o marcador.

Unfuckingbelivable!

O Brasil não se abalou e partiu pra cima com tudo. Mas o goleirão Howard trazia muita segurança a zaga americana e, após um pressão brasileira, Maicon Jackson tocou mal uma bola para o meio e veio o contra-ataque a la Pearl Harbor, sem dó: bela tabela de Davies com Donovan, no dois contra dois e finalização perfeita de Donovan: 2x0 e o Brasil provou do seu próprio veneno.


Unfuckingbelivable plus 2.0!

Termina o primeiro tempo: 2x0 para os EUA. Agora o Mel Gibson estava acreditando. Até eu estava acreditando que eles podiam ganhar. Os EUA foram extremamente eficientes nas duas oportunidades que tiveram e o Brasil não foi Brasil.

Vem o segundo tempo e logo no primeiro lance do jogo Ramires cruza a bola para o Fabuloso, que dentro da área gira e chuta de canhota: 2x1 e estava furada a muralha Howard.


Houston, we have a problem...

Os americanos se assustaram muito com esse gol. E o estádio inteiro – que torcia pelo Brasil – e queria ver o futebol mágico, finalmente começou a se animar.
Para o azar dos americanos, o Brasil veio babando, como a muito tempo não se via, com pouca técnica e muuuuita raça.

Antes, o “professor” Dunga mexeu no time com a genialidade de sempre: sai André Santos, entra Daniel Alves, sai Ramires, entra Elano.

E veio o segundo gol: Kakagado pegou a bola na esquerda, partiu pra cima do zagueiro levando a bola pra linha de fundo e cruzando na medida para Robizonho, que chutou no travessão. No rebote o Fabuloso estava lá para meter o cocoruto nela e empatar: 2x2.

Houston, we really have a problem...

A partir daí não tinha mais tática, era na raça pura. Os EUA ainda ameaçaram em mais um bom contra-ataque desperdiçado pela dupla country Dempsey&Donavan, que se tivesse um pouca mais de categoria no passe teria ocasionado o terceiro dos EUA.

Aí, aos 39’ brilhou a estrela de uma valente zagueiro. Elano cobrou escanteio da direita e ELE, Lucio, meteu a jaca nela – e bota jaca nisso! – para fuzilar o gol de Howard. 3x2, sem chance de defesa.

O estádio veio abaixo. Dunga veio abaixo. Bob Bradley – técnico dos EUA – got low.

The roof is on the fire...

Os EUA não acreditavam nessa virada. O Brasil precisava mostrar essa raça.

O belo futebol apresentado pelos EUA valorizou – e muito – nossa conquista.

Que a seleção brasileira tenha aprendido sua maior lição antes da Copa do Mundo, em 2010: o primeiro tempo contra os EUA. E a segunda maior lição: o segundo tempo contra os EUA.

É com esse espírito que temos que jogar a Copa: não tem adversário “fácil”, e apesar de sermos os “maiores”, as surpresas irão aparecer. Tem que ter o coração na ponta da chuteira e honrar essa camisa amarela como fizeram ontem, no segundo tempo.

Quanto aos EUA, fizeram bonito: de praticamente eliminados na primeira fase a finalista duríssimo contra o poderoso esquadrão brasileiro. Yes, USA. You (almost) can.

4 comentários:

Anônimo disse...

Ronaldo

Anônimo disse...

no, you can't!!

haha

ótima coluna

Beto disse...

hahaha

chupa USA! mas foi um jogão. fazia tempo que eu não vibrava desse jeito.

que virada!

Anônimo disse...

Ronaldo.