22 de set. de 2009

O bolo





Jetinho

Mais um “flash back”. Ia ter festa na casa da Kika. Ela era uma gracinha. Linda, doce, suave; era namorada do Juca, um cara da nossa turma. A mãe da Kika, uma senhora distinta e educadíssima, ligou pra convidar o Juca e disse pra ele levar alguns amigos. Sem pensar duas vezes (ah coitado!) chamou o Beto, o Robertão e o Ique. Pausa para meditação. O Ique era um sujeito bacana. Abonado, era o único da turma que tinha carro (um Chevette) e moto (uma Kawa 350). Andava constantemente com uma jaqueta de couro marron surrada pelo tempo e com os cabelos em constante desalinho (tipo Hell’s Angels). Ah! Adorava a banda “On Jack Tall Back”. Toca o bonde. Pois bem; lá foram todos para a festa. A mãe da Kika não sabia o que fazer pra agradar os rapazes. Ora trazia salgadinhos, ora refrigerantes, enfim, era de uma delicadeza impressionante. Toda festa tem um bolo, certo? Pois é. Chegou a hora do dito cujo. E lá veio a mãe da Kika distribuindo bolo para a trinca. O Juca, é claro, estava com a garota. Ao estender o prato para o Ique ele colocou sua mão no ombro da anfitriã e com olhar sério sacou esta pérola “- Brigadão dona, eu não rango bolo”. Cê güenta?!?!?!

Um comentário:

Anônimo disse...

A senhora mãe da Kika com certeza chamou um intérprete, tamanha sua surpresa, rsrsrs
Essa foi ótima!!!