16 de set. de 2009

Aquela Música!







Jetinho

Alo “entões”, esta é pra nós.

Pra quem, como eu, passou boa parte da adolescência no bairro do Ipiranga vai logo se lembrar de situações semelhantes. Nos idos de... deixa pra lá, nossa diversão eram as “brincadeiras”, que, na maioria das vezes, aconteciam na casa de algum amigo ou amiga, ou na casa de algum amigo do amigo. Esta aconteceu na casa do Beto. Os pais dele formavam um casal descolado e boa praça e sempre que desciam pra Santos liberavam a “residência” para um evento desta natureza. E lá íamos nós, com nossos compactos e LPs (ui) de gente do calibre de “Gentle Giant”, “Beatles”, “Emerson, Lake and Palmer”, “Yes”, entre outros tantos. Quem gostava de pilotar a vitrola (ai) era o Serginho, que se dizia o maior especialista no assunto. Neste dia, no auge do som, surgiu uma loura escultural, de blusa “cacharrel” listrada, calça “saint tropez”, cheirando a “wild musk oil” (popular almíscar selvagem) e com sua boca carmim de batom da “Avon”, falou sensualmente pro Serginho: - Toca aquela música do poinonhonhoing! O cara quase teve um treco. Aquela gata fazendo um pedido e ele não tinha a menor idéia do que se tratava. Que banda seria aquela? E agora? Não posso desapontar esta deusa. Quase a beira de um ataque de nervos (alguém já disse isso antes) procurou pelo Beto, que pra todos nós era um “expert” no assunto. Achou o moço, lá pela quinta “cuba libre”, num canto da sala. Foi até ele explicou a situação. O Beto, com um risinho no canto da boca, falou alguma coisa no ouvido dele e pimba, deu certo! A moça só queria ouvir “If” do “Bread”.

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