Ele estava premiado e foi encontrado jogado no pátio da Rádio e TV Cultura. Mire e veja.
Durante 7 anos o jornalista Salomão Schvartzman apresentou na Rádio Cultura FM o programa "Diário da Manhã".
Ele era PJ, ou seja, uma empresa trabalhando para a rádio. Sua remuneração era de R$ 14 mil por mês mais 50% do faturamento do programa.
A produção ficava a cargo dos funcionários da rádio, como também, ele usava toda a estrutura física dela. A retirada mensal de Salomão como locutor era estratosfericamente maior do que qualquer outro da Cultura FM.
Traduzindo, um empresário (PJ) não colocava a mão no bolso e saia lucrando em uma fundação sem fins lucrativos. Dizem que por mês embolsava R$ 50 mil.
Salomão lucrou na entrada e na saída.
Qual radialista nacional recebe isso por mês? Dá para contar nos dedos do Lula.
Mas vai vendo, ainda tem o pulo do gato.
Em 2007 seu programa foi retirado do ar, junto com outros 16.
Salomão ficou possesso, sacou a CLT do coldre e foi às barras dos tribunais pedir seus direitos de empregado. Processou a rádio Cultura FM e a Justiça Trabalhista reconheceu o vínculo empregatício. Ele pleiteia R$ 1,5 milhões de indenização. Lá no final esse valor sairá do seu bolso, porque a RTVC é mantida pelo Estado de S. Paulo.
Quer ter a mesma sorte do Salomão? Então anote os 6 números, devidamente traduzidos em palavras:
1º - Linche os funcionários públicos, de autarquias e fundações afirmando que são vagabundos e mostre a saída: a terceirização;
2º - saia aos quatro ventos dizendo que o Estado tem mais o que fazer do que dar dinheiro para rádio e tevês publicas. Isso é coisa para a BBC;
3º - monte um projeto provando que o sistema público de comunicação pode e dará lucro;
4º - com o terreno preparado, tome posse dos meios de comunicação públicos;
5º - desembarque seus projetos, leve seus clientes amigos para patrociná-los e
6º - aposte cegamente numa sociedade, letárgica, acrítica e amorfa que nunca saberá a distinção entre público e privado. Esse é o número mais sorteado.
PS: A mesma empresa que vai pagar o Salomão, nega-se a pagar os 12% de 2004 à categoria, resultado de um de dissídio coletivo assinado pelo sindicato da categoria e o patronal, com anuência da Fundação Padre Anchieta, conforme diz a legislação trabalhista.
O que mais incomoda é saber que outros PJ's podem processar a FPA e os gênios que criaram essa situação no interior da Fundação nunca serão resposabilizados pelos prejuízos.
Um comentário:
Nem a Inezita Barroso, a maior audiência da TV Cultura, 3 pontos no Ibope, leva essa grana
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